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22 . 12 . 2020

Já são conhecidos os vencedores dos prémios da Santa Casa que distinguem a Investigação

Desde 2013, a Misericórdia de Lisboa já investiu mais de três milhões no apoio à investigação em Portugal.

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Desde 2013, a Misericórdia de Lisboa já investiu mais de três milhões no apoio à investigação em Portugal, contribuindo de forma significativa para a investigação médica e científica de excelência nesta área.

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Premiar a melhor investigação em Portugal: é este o objetivo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa nos três prémios que atribui, anualmente. E premiar a investigação é acreditar no futuro de todos nós. É dar crédito à capacidade e talento dos investigadores e das instituições de ciência portuguesas, capazes de colocar Portugal na vanguarda do conhecimento, da investigação e da inovação científica. E não há ano melhor do que este para reconhecer a investigação. Em 2020, redescobrimos como estamos dependentes dela para continuarmos a evoluir.

Em ano de pandemia, a habitual cerimónia de entrega dos Prémios Santa Casa Neurociências e do Prémio João Lobo Antunes não se realizou. Os vencedores da edição de 2020 foram revelados por Cristina Januário, presidente de júri dos Prémios Santa Casa Neurociências e Luís Madeira, presidente de júri dos Prémio João Lobo Antunes, através da seguinte mensagem de vídeo:

Os vencedores

Uma equipa de investigação da Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud e outra do Instituto de Medicina Molecular – João Lobo Antunes foram as vencedoras da 8.ª edição dos Prémios Santa Casa Neurociências, tendo sido contempladas com um prémio de 200 mil euros cada. Por outro lado, João Luís Oliveira Durães foi o vencedor do Prémio João Lobo Antunes, no valor de 40 mil euros.

O Prémio Melo e Castro 2020 foi entregue a Maria Leonor Tavares Saúde e à sua equipa de investigação do Instituto de Medicina Molecular – João Lobo Antunes, pelo projeto “Células senescentes e o seu fenótipo secretor: novos alvos na reparação da medula espinhal”, que se propõe a contribuir para o desenvolvimento de uma nova terapia para regeneração da medula espinhal (ME) em mamíferos.

Já Prémio Mantero Belard 2020 foi atribuído a Noam Shemesh e à sua equipa da Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud, que concorreram com o projeto “Da expressão genética à função das redes neuronais: estabelecendo a ponte na doença de Parkinson”, que visa ter valor clínico significativo para o diagnóstico e caracterização da doença de Parkinson em fases iniciais, rastrear a progressão da doença ao longo do tempo e monitorizar o sucesso de novas terapias.

O Prémio João Lobo Antunes foi concedido a João Luís Oliveira Durães – um trabalho que envolveu o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra -, com uma investigação sobre a “perturbação do ritmo circadiano: um alvo para intervenção personalizada nas demências neurodegenerativas”.

Recorrendo à experiência de uma equipa multidisciplinar, incluindo neurologistas, neuropsicólogos e de uma equipa de investigação básica com experiência na área da cronobiologia, o estudo tem potencial para desenvolver um tratamento inovador e personalizado para doentes com demência. Isto permitirá um método económico e fácil de utilizar (em casa ou em instituições) para melhorar as alterações comportamentais, promovendo benefícios pessoais, familiares, sociais e económicos significativos.

Uma aposta na investigação

Ao longo destes oito anos, a Santa Casa investiu 3,36 milhões de euros em investigação, através dos Prémios Santa Casa Neurociências e do Prémio João Lobo Antunes, contribuindo e promovendo de forma significativa para a investigação médica e científica de excelência nesta área.

Os Prémios Santa Casa Neurociências foram criados, em 2013, e representam um investimento anual de 400 mil euros na área da investigação científica e neurociências, repartidos em dois prémios: o Prémio Melo e Castro, no valor de 200 mil euros, destinado à recuperação e tratamento de lesões vertebromedulares; e o Prémio Mantero Belard, no valor de 200 mil euros, que distingue o tratamento de doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, de que são exemplos o Parkinson e o Alzheimer.

O Prémio João Lobo Antunes foi lançado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 2017, em reconhecimento da excelência e do humanismo do médico, neurocirurgião e cientista, considerado uma das figuras mais marcantes da saúde, da ciência e da investigação biomédica em Portugal. No valor de 40 mil euros, este galardão, anual, destina-se a licenciados em medicina em regime de internato médico e visa estimular a cultura científica e a investigação clínica na área das neurociências, sem esquecer o princípio de João Lobo Antunes relativo à humanização do ato médico – “os seus pacientes e as suas histórias”.